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Coletânea com 12 gravações de Djavan antes da fama tem valor documental, mas omite registro mais raro do artista

Djavan tem 12 gravações do período 1973 – 1977 agregadas na coletânea Origem’ Marcos Hermes / Divulgação Capa da compilação ‘Origem’, da Som Liv...

Coletânea com 12 gravações de Djavan antes da fama tem valor documental, mas omite registro mais raro do artista
Coletânea com 12 gravações de Djavan antes da fama tem valor documental, mas omite registro mais raro do artista (Foto: Reprodução)

Djavan tem 12 gravações do período 1973 – 1977 agregadas na coletânea Origem’ Marcos Hermes / Divulgação Capa da compilação ‘Origem’, da Som Livre Divulgação ♫ OPINIÃO SOBRE DISCO Título: Origem Artista: Djavan Cotação: ★ ★ ★ ★ ♩ Alagoano de Maceió (AL) que migrou em 1972 para a cidade do Rio de Janeiro (RJ) em busca de oportunidades profissionais, Djavan era cantor conhecido somente pelo público da boate carioca 706 – onde cumpria expediente como crooner do conjunto do pianista Osmar Milito (1941 – 2024) – quando debutou no mercado fonográfico no segundo semestre de 1973 com a gravação de samba inédito de Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle, Qual é?, para a trilha sonora da novela Os ossos do barão (Globo, 1973 / 1974). Antes de ganhar projeção nacional em 1975 pela TV Globo, com a apresentação do samba autoral Fato consumado no Festival Abertura e com a gravação da música Alegre menina (Dori Caymmi e Jorge Amado) para a trilha sonora da novela Gabriela, o artista gravou vários temas para novelas sem repercussão. No mercado digital a partir de hoje, 4 de dezembro, em edição da gravadora Som Livre, a coletânea Origem agrega 12 fonogramas do artista, quase todos lançados por Djavan antes de alcançar o sucesso. Uns são de fato raros. Outros já ganharam reedições oficiais na era do CD e também podem ser ouvidos em playlists de plataformas de áudio, caso da gravação do samba Presunçosa, composto por Antonio Carlos & Jocafi e gravado por Djavan para a trilha da novela Supermanoela (Globo, 1974), assinada pela dupla. Diante do fato de que algumas gravações já saíram antes, a seleção de Origem omite o fonograma mais valioso de Djavan nesta fase pré-fama, posto que nunca foi lançado oficialmente nem mesmo na época em que foi feito. Trata-se da gravação de A fabulosa estória de Roque Santeiro, música-tema da abertura da primeira censurada versão da novela Roque Santeiro (1975). A composição é de Guto Graça Melo e Nelson Motta. É um esquecimento imperdoável, a menos que a gravação tenha sido perdida pela gravadora Som Livre. Ainda assim, a compilação Origem merece atenção de colecionadores por reunir registros até então encontrados na internet sem qualidade técnica. É o caso do medley que junta dois sambas de Luiz Ayrão, A escola e No silêncio da madrugada, lançados pelo autor em álbum de 1974 e regravados por Djavan no mesmo ano para a coletânea Na boca do povo, da gravadora Som Livre. Outra pérola rara de Origem é a marcha-rancho Olá (Catulo de Paula), gravada por Djavan para o disco Carnaval 1975 – Convocação geral, lançado em 1974. Para outro disco coletivo de 1974, Super paradão nacional (Consagração popular), o cantor regravou Anastácio (Samba enredo para um sambista morto) (Cesar Costa Filho e Walter Queiroz). Da safra autoral de Djavan, a coletânea Origem joga luz sobre a balada Rei do mar – a primeira música de autoria de Djavan a ser gravada, no caso pelo próprio autor para a trilha da novela Cuca legal (Globo), estreada em janeiro de 1975 (a trilha já foi editada em CD) – e sobre o samba-canção Um dia (1975), apresentado como lado B do single que trouxe o já mencionado samba Fato consumado. Há também o samba É hora, composto e gravado por Djavan para a trilha da novela O astro (Globo, 1977 / 1978), e há também Romeiros (1977), lado B do single lançado com É hora no lado A. Mas, naquela altura, o cantor já havia lançado o primeiro álbum, A voz, o violão, a música de Djavan, editado em 1976 com repertório inteiramente de autoria do compositor. E o resto é uma história das mais felizes da música brasileira e, por isso mesmo, em que pese a omissão da gravação do tema de abertura da primeira versão da novela Roque Santeiro, a coletânea Origem tem alto valor documental.

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